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quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

CULTURA DIGITAL

Publicado originalmente no Jornal O Tempo – Magazine, no dia 21 de janeiro de 2012. Replicado no site do Conselho Federal de Biblioteconomia.

Dentre todas as vantagens da aplicação da tecnologia digital no campo da literatura, talvez a mais efetiva e salutar delas seja a democratização do acesso às obras. Com a digitalização dos livros, já é possível, por exemplo, a uma pessoa em qualquer lugar do mundo acessar o acervo da Biblioteca Nacional (BN), cujo endereço físico está no centro do Rio de Janeiro, e baixar, em PDF, livros como “O Cortiço”, de Aluízio Azevedo, ou “O Alienista”, de Machado de Assis.



Por enquanto, do acervo da BN, o maior do país, estão disponíveis apenas obras em domínio público – passados 70 anos da morte do autor – o que soma cerca de 600 títulos. Mas está em curso um projeto para ampliar o acesso a esse acervo, implementando o serviço de empréstimo de e-books e incluindo, dessa forma, obras que ainda têm direitos autorais e precisam de proteção contra sua disseminação indiscriminada.
Conheça o site da Biblioteca Nacional Digital: http://bndigital.bn.br/.
Para se ter uma ideia da dimensão dessa mudança, a BN tem em média 5.000 visita por mês, enquanto que a BN Digital teve em 2011 mais de 120 mil acessos ao mês. “Esse número vai dobrar, triplicar, à medida que aumentarmos o acervo”, comenta Ângela Bittencourt, coordenadora da BN Digital.
Periódicos
Sob a responsabilidade do Ministério da Cultura (MinC), as ações da BN têm muita importância porque, ali, se criam paradigmas para o modelo de biblioteca no resto do país.
Dentre essas ações está um “grande projeto”, como conta Ângela, de digitalização de nove milhões de páginas de periódicos até o fim do ano. O projeto Resgate da Memória Hemerográfica Brasileira será aberto em março e vai tornar disponíveis para consulta, por exemplo, a “Gazeta do Rio de Janeiro”, fundado quando da vinda da Corte portuguesa para o Brasil, em 1808, e o “Correio Brasiliense”, fundado no mesmo ano por Hippólyto José da Costa, que teve de instalar sua redação em Londres pois defendia, contra a coroa, ideais independentistas e o fim da escravidão.
“O que estamos criando não é uma coleção estática na qual você vai pesquisar”, diz Ângela, explicando o caráter da democratização do acesso que a tecnologia digital tem possibilitado.
Acesse o portal da Fundação Biblioteca Nacional: http://www.bn.br/portal.

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