A Biblioteca em Votorantim é um espaço de disseminação da informação, de democratização do conhecimento, de abertura do imaginário coletivo e individual e também um convite a mergulhar na profundeza dos sentidos. Venha você também participar dessa construção do saber!





quarta-feira, 26 de setembro de 2012

LIVROS NOVOS - GABRIEL CHALITA

42 anos, natural de Cachoeira Paulista (SP). Define-se como 

poeta, filósofo, contista e autor infantil, possuindo mais 50 

livros publicados. Profere palestras por todo o Brasil e 

exterior. O seu trabalho tem sido voltado à construção de 

uma sociedade melhor, formada por cidadãos críticos e 

conscientes de seus direitos e deveres, e isso fica bem 

evidente em suas obras infantis. Se você ainda não conhece 

esse autor, venha nos fazer uma visita! Esses são os livros 

que temos disponíveis:







quinta-feira, 20 de setembro de 2012

DA TELEVISÃO À LITERATURA: AS NOVELAS QUE DERAM ORIGEM A LIVROS


Normalmente observamos clássicos da literatura sendo adaptados para a televisão e o cinema. No entanto, não é com a mesma frequência que surgem obras no caminho inverso: livros surgidos de telenovelas. Talvez seja porque não se acredita que o leitor quererá ter nas mãos uma história da qual já conhece o desenrolar e o desfecho após tê-la assistido na televisão. Além, é claro, do desafio que é adaptar um número de páginas que chega aos milhares para uma versão muito menor e sem a possibilidade de tantos detalhes e diálogos, narrando os acontecimentos. Por outro lado, ainda que hoje em dia existam os DVDs, os blu-rays, a internet, a história da novela contada em livro é uma maneira a mais de perpetuá-la e, por que não, de torná-la respeitável a uma parcela da intelectualidade que ainda hoje, passados doze anos do século XXI, renega suas qualidades e sua importância no panorama cultural brasileiro. Visite-nos! Venha buscar sua novela favorita!







sexta-feira, 14 de setembro de 2012

POLÊMICA ENVOLVENDO OBRA DE MONTEIRO LOBATO






A polêmica envolvendo o escritor Monteiro Lobato, acusado de empregar trechos racistas em seus livros, está longe de term
inar.

Nesta terça-feira, após mais de três horas de discussão, o Ministério da Educação (MEC) e o Instituto de Advocacia Racial (IARA) encerraram a primeira audiência de conciliação sobre o livro Caçadas de Pedrinho sem chegar a um acordo. Uma nova reunião foi marcada para o dia 25 de setembro.

O parecer do CNE que iniciou o caso foi suscitado sobretudo pela abordagem, no livro, da personagem Tia Nastácia, devido a trechos como o que comparava a cozinheira a uma "macaca de carvão". Embora o MEC tenha se comprometido a acrescentar uma nota explicativa contextualizando historicamente esse tipo de comparação, o IARA acha pouco.

No texto da ação que move contra o MEC diz: "Não há como se alegar liberdade de expressão" quando "a obra faz referências ao 'negro' com estereótipos fortemente carregados de elementos racistas".

Sobre esta delicada questão, pronunciou-se na Folha de S. Paulo de ontem a profa Noemi Jaffe (USP), sugerindo a importância da reflexão sobre os usos da linguagem e suas vicissitudes.


OPINIÃO
Não se pode tratar alunos como meros espectadores ingênuos
NOEMI JAFFE

A palavra ficção vem de "fingere", que, no inglês, derivou também em "finger", ou dedo, em português. Isso porque era com os dedos que os artistas da antiguidade modelavam o barro para dar a ele formas inventadas.

Atualmente, como produto dessa história de modelagens e representações, ficção é praticamente sinônimo de "mentira", "fingimento": são formas criadas pela mente humana.

É de se estranhar, portanto, para dizer o mínimo, que alguns educadores, entre cujos objetos de trabalho está a invenção verbal, queiram censurar a obra de Monteiro Lobato, de Dalton Trevisan, de Jorge Amado ou de quem quer que seja, por conterem alusões racistas, pornográficas ou afins.

Antes de tudo, de qualquer argumentação histórica ou contextual, as obras desses autores, sob ameaça de censura, são invenções ficcionais, todas perfeitamente delimitadas por esse escopo.

Nem os alunos são ingênuos a ponto de achar que uma narrativa literária é a verdade e nem os professores -espera-se- vão abordar essas histórias como se elas o fossem.

Quando um professor se depara, em sala de aula, com qualquer tratamento ficcional de teor divergente das Leis de Diretrizes e Bases, que, entre outras coisas, proíbem o ensino de conteúdo racista, é só mostrar aos alunos que:

1) é ficção; 2) a língua é um organismo vivo, passível de mudanças; 3) os hábitos comportamentais e literários também se modificam; 4) um autor e sua obra não podem ser julgados por afirmações ficcionais e contextualizadas.

Na verdade, trata-se de uma ótima oportunidade de se discutirem os limites entre a realidade e a ficção e o significado das construções politicamente corretas, que muitas vezes mais disfarçam do que educam.

Isso, aliás, independe de faixa etária ou econômica. As crianças e adolescentes brasileiros são suficientemente preparados pelo cinema, a televisão, a internet, a vida e a própria literatura para fazerem a distinção entre o real e o não real. Não se pode tratar os alunos como se fossem meros espectadores, ingênuos e influenciáveis.

LEITURA ATIVA
A leitura ativa é aquela que possibilita ao aluno ler criticamente, compreendendo o tema, a linguagem e as mudanças sociais e históricas.

Se fosse o caso de censurar liminarmente preconceitos ficcionais, hoje não leríamos Madame Bovary e provavelmente parte da Bíblia poderia ser vetada.

A literatura -e a arte- são territórios onde cabem o erro, o preconceito, a divergência e a loucura. Isso não deseduca, mas, ao contrário, prepara os alunos para questionarem a si mesmos e ao mundo.

NOEMI JAFFE é doutora em literatura brasileira pela USP, ex-professora de literatura em colégios particulares em São Paulo e autora de "Quando Nada Está Acontecendo" (Martins), entre outros.

FONTE: www.facebook.com/humorinteligente01

LIVROS NOVOS - CONTOS

Obras de Monteiro Lobato escritas para adultos. A diferença 

da técnica narrativa de Lobato quando escreve para adultos 

é impressionante.











segunda-feira, 3 de setembro de 2012

DICA DE LEITURA


Guido Viaro é um escritor curitibano, neto homônimo do pintor ítalo-brasileiro. Lançou no dia 23 de agosto seu décimo romance "O livro do medo". No livro, um ensaio ficcional sobre velhice e decadência, há solidão, confissões honestas e arrependimento. Um homem de oitenta anos revê sua vida, e não consegue deixar de compará-la com a que leva hoje. Os amores desapareceram, os arroubos juvenis deram lugar à conformidade.
Outras obras do autor disponíveis para empréstimo: A floresta simbólica, A praça do diabo divino, A revelação frutosa, Embaixo das estrelas, Flores coloridas, e Glória.